Os interessados têm até o dia 06 de dezembro para se candidatar a uma vaga
O Programa de Educação Profissional (PEP), da Secretaria de Estado de Educação (SEE), ultrapassou a marca de 80 mil candidatos nas duas primeiras semanas de inscrições. Segundo o coordenador do programa, Joaquim Antônio Gonçalves, na manhã de sexta-feira (27), mais de 83 mil interessados já haviam efetuado a inscrição no programa. O PEP oferece mais de 25 mil vagas para 54 cursos técnicos em todo o estado. Até agora, os cursos mais procurados são os de manutenção de aeronaves, informática e administração de empresas. Podem se inscrever no PEP os alunos que estiverem cursando o 2° e 3° ano do Ensino Médio da rede pública estadual ou pessoas que tenham concluído o Ensino Médio em qualquer rede. Os candidatos farão posteriormente uma prova de seleção, com data ainda a ser definida.
Criado pelo Governo de Minas em outubro de 2007, o PEP oferece cursos em escolas credenciadas (sistema S e particulares), em escolas conveniadas e em escolas profissionalizantes da própria rede estadual, que compõem a Rede Mineira de Formação Profissional. Desde a sua criação, o PEP já ofereceu mais de 100 mil vagas em todo o estado em cursos de segurança no trabalho, mineração, mecatrônica, estética, nutrição e dietética, farmácia, análises clínicas, meio ambiente, produção de açúcar e álcool, entre outros. Para 2010, 101 instituições foram credenciadas, em 110 municípios mineiros, vários deles no norte do estado. As aulas dos cursos de 2010 terão início em 18 de fevereiro de 2010.
Voos mais altos
Um dos cursos de maior procura do PEP é o de manutenção de aeronaves. Na última seleção foram nada menos que 153 candidatos por vaga e o curso continua entre os três mais procurados no edital deste ano. Como o setor cresce a passos largos em Minas Gerais e mão-de-obra qualificada é uma das maiores preocupações na área, o PEP já é um programa estratégico tanto para o poder público quanto para esfera privada. Tanto que o Programa foi um dos temas debatidos no 2º Encontro do Polo de Aviação Civil de Minas Gerais, organizado pelo Governo de Minas e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), para discutir a capacitação no setor de aviação, nesta sexta-feira (27).
O PEP já oferece, este ano, 300 bolsas para o curso de manutenção de aeronaves na Polimig e no Sest/Senat (Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte). Segundo Joaquim Antônio Gonçalves, a tendência é de que a oferta aumente tanto para esse quanto para outros cursos estratégicos para a área. “Neste momento nós ofertamos cursos de manutenção de aeronaves, mecânica e administração de empresas, que são interessantes para a ares, e vamos ofertar vagas em todos os cursos que forem demandados pelo consórcio. Atualmente, já atendemos mais de 800 alunos e em 2010 devemos ficar próximos de 2 mil vagas só para o consórcio. Isso representa um investimento médio da ordem de 8 ou 9 milhões só em vagas do PEP”, explica Joaquim, que ressalta ainda que as vagas são ofertadas especialmente nos municípios de Confins, Vespasiano, Belo Horizonte, Lagoa Santa e Pedro Leopoldo, que são os municípios que estão mais diretamente ligados ao pólo aeronáutico.
Carlos Eduardo de Jesus Gomes, de 18 anos, que cursa o 3º ano do ensino médio na Escola Estadual Sandoval Soares de Azevedo, em Ibirité, já percebeu o potencial do setor. O estudante conseguiu uma bolsa do PEP e começou este ano o curso de manutenção de aeronaves pela Polimig. Atento aos investimentos na área da aviação, Carlos acredita que não faltará mercado de trabalho no futuro. “O ramo da aviação é muito chamativo, porque é muito promissor. Eu estou gostando do curso e acho que o emprego é garantido para todas as pessoas que formarem, afinal muitas empresas precisam de mão-de-obra especializada”, analisa o jovem. O coordenador do PEP reforça o ânimo do estudante. “Além de ofertar as vagas e montar os laboratórios para capacitação dos estudantes, a Secretaria de Educação busca com as empresas aéreas o compromisso de priorizar a contratação dos jovens para as vagas que surgirem. É a integração da escola com o setor produtivo”, explica Joaquim.
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